Três jornalistas, dois médicos veteranos e o diretor de um hospital regional estariam em cativeiro de difícil acesso em pequeno vilarejo do país.
Foram encontrados mortos nesta quinta-feira (18/09) seis profissionais de saúde que trabalhavam em uma campanha de conscientização sobre a epidemia de ebola em Guiné-Conacri, anunciaram autoridades do país, segundo a BBC. Na equipe, estavam três jornalistas, dois médicos veteranos e o diretor de um hospital regional que estavam desaparecidos nos arredores da aldeia de Womey, situada em uma região florestal, desde terça-feira (16/09).
Segundo o The Guardian, a equipe foi atacada por um grupo de moradores que suspeitavam das intenções da ajuda internacional e os levou para um cativeiro. As buscas das autoridades do país foram dificultadas após os habitantes da aldeia destruírem uma ponte de acesso ao local."A reunião começou bem, os chefes tradicionais deram boas-vindas à delegação com 10 nozes de cola como uma saudação tradicional", afirmou ao Guardian um morador local, que deu apenas seu primeiro nome, Yves. "Depois, alguns jovens apareceram e começaram a apedrejá-los. Eles arrastaram alguns para longe e danificaram os veículos deles”, completou.
A aldeia fica dentro do distrito de Nzérékoré, onde já havia acontecido confrontos após profissionais de saúde tentarem higienizar um mercado local no mês passado. Na ocasião, cerca de 50 pessoas foram presas e diversos policiais foram enviados para reprimir os tumultos.
Fonte: Patrícia Dichtchekenian | São Paulo - 18/09/2014 - 18h20. Opera Mundi